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2018, ILUMINURAS
Resumo: Neste artigo, fundamentado nos campos da História e da Antropologia, com destaque para os Estudos Culturais, Pós-Coloniais e Decoloniais, assim como para a Antropologia Interpretativa e Visual, cartografo repertórios de narrativas escritas, imagéticas e orais sobre viveres e lutas interculturais, pelo regime das águas, de populações marajoaras de matrizes afroindígenas, procurando analisar saberes, práticas de trabalho, modos de habitar, acreditar e se relacionar de humanos e não-humanos. Para tanto, exploro vivências pessoais pelos Marajós em suas complexas fisionomias de campos e florestas, leituras em obras de cronistas, viajantes, literatos, historiadores e antropólogos, cruzando com fotografias produzidas, tanto em pesquisa de campo, realizada em agosto de 2008, quanto extraídas dos livros do etnólogo Nunes Pereira, do cineasta Liberto Luxardo e do padre Giovanni Galo, que, entre as décadas de 1950 a 1980, dedicaram-se a registrar e narrar cenas dos modos de viver no gr...
Amazônica - Revista de Antropologia, 2009
Pacheco, A. S. Mergulhando na dinâmica da vida social amazônica, regida pela temporalidade das águas, o artigo acompanha, em diálogos entre História e Literatura, modos de ser e viver de populações marajoaras, filhas das mestiçagens afroindígenas, detentoras de saberes locais em mediações culturais com ocidentais conhecimentos letrados. Deitada em poéticas, paisagens e personagens recriados pelos literatos Dalcídio Jurandir e Sylvia Helena Tocantins, esta composição textual ainda visualiza rastros do popular marajoara elaborando, com forte criatividade, sentidos para reafirmar cosmovisões e experiências sócio-culturais. Estes sujeitos históricos, nas sutilezas de suas manifestações e práticas de pertença, driblaram limites e intolerâncias de poderes civis e eclesiásticos institucionalizados, entre campos e florestas, na Amazônia Marajoara. Palavras-chave: regime das águas, culturas afroindígenas, saberes locais.
ENANPUR, 2023
O artigo discute o Método Cartográfico Indisciplinar (LOPES, RENA, SÁ, 2019) com incorporação das três categorias de análise propostas por Haesbaert (2021) - normativas, conceituais e da prática. Para fomentar a discussão, criou-se uma disciplina na graduação de arquitetura e urbanismo, onde se desenvolveu uma “Cartografia Bailante” da(s) Amazônia(s) Ribeirinha(s). Nela, arranjos híbridos foram experimentados para expandir os conceitos relativos às materialidades e às identidades. Por fim, resistências em curso foram discutidas acionadas pelos saberes tradicionais
Aturá - Revista Pan-Amazônica de Comunicação
A pretensão em nosso trabalho se traduz no entendimento da capacidade que a imagem possui sobre nossos sentidos. Entendemos que a imagem apresenta a si mesma e representa o fato, o tempo histórico. Nos propomos a elaborar, com base na semiótica peirceana, um método de análise/ interpretação das imagens. Mostramos a necessidade em se conhecer onde e quando a imagem foi produzida e consequentemente o objeto, sujeito e ou evento representado. Caso contrário o método criado evidenciaria apenas a crença nos elementos empáticos expostos entre as margens indiscretas de quadros, fotografias ou telas. Nosso método exibe a verossimilhança, impregnada na imagem – seja benção ou maldição – como signo contrastante com o tempo histórico.
As Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e a Competência no Desenvolvimento Humano 3, 2019
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 2008
Este trabalho versa sobre a representação do Rio Amazonas ao longo do século XVI. Buscou-se realizar um panorama dos mapas-múndi e regionais em que o rio-mar aparecia figurado. Assim, os exemplares manuscritos e impressos por cartógrafos como Juan de La Cosa, Martin Waldseemuller, Lopo Homem, Diogo Ribeiro, Sebastião Caboto, Gerardus Mercator, Abraão Ortelius, Luís Teixeira, entre outros foram estudados. A linha de pesquisa baseou-se na Nova História Cultural e as suas problemáticas inerentes. Os mapas foram compreendidos dentro de uma representação que refletia o imaginário daquela época. Ou seja, o conjunto imagético que compunha o repertório cognitivo daqueles indivíduos e de sua sociedade da qual os mapas são testemunhas. Este conceito alia-se à metodologia empreendida por Brian Harley. Estudioso dos mapas, este propôs uma forma de abordar os mapas não como espelhos da natureza, mas como discursos humanos carregados de sentidos intrínsecos. Assim, o objetivo, ao se estudar a representação cartográfica do Rio Amazonas, foi perceber de que maneira uma tradição cartográfica provinda do Medievo e da Antiguidade Clássica influenciaram os mapas do século XVI. Em paralelo, procurou-se verificar também a influência da experiência náutica e o conhecimento dos espaços do Novo Mundo, e, em especial, da região amazônica. Estes dois grandes aspectos são abordados nos dois primeiros capítulos desta dissertação. No terceiro realiza-se um balanço destas influências aliando-se a questão particular dos cartógrafos quinhentistas. Como o seu contexto gerava questões particulares e como teriam influído no produto final. Representar o Rio das Amazonas, como ficou conhecido no século XVI, seria estar diante de dados novos de uma parte do mundo recém conhecida e, como as novidades não davam conta de tudo, os espaços contavam com dados provindos de uma retórica cartográfica baseada em um simbolismo próprio. Além disso, havia as questões inerentes ao próprio interesse do autor, as chamadas intencionalidades do indivíduo. Desta forma, este estudo visa ser uma pequena contribuição aos novos rumos das pesquisas históricas envolvendo os mapas.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2023
Mulher tenta trocar de facção por causa do namorado e é executada na frente das filhas em MT.
2015
O intento deste ensaio e realizar uma previa aproximacao entre a concepcao teorica de Eric Dardel, notadamente sobre a inter-relacao do Homem com a Terra, sua geograficidade , a iniciativa de interpretacao das caracteristicas, que marcam o modo vida de muitas comunidades camponesas apresentada por Klaas Woortmann, denominadas por ele de campesinidade . Os sujeitos sobre os quais se discorre sao os ribeirinhos da varzea da Amazonia, por entender que estes possuem uma relacao de vida e de trabalho que, ao mesmo tempo, e semelhante as caracteristicas mais gerais do campesinato, mas, que tambem lhe sao peculiar e visam a manutencao das familias ribeirinhas no interior das comunidades rurais.
This chapter revisits Marajoara ceramics and its classification within the Amazonian Polychrome Tradition in order to understand dynamics of stylistic flow and stylistic variability. The analysis of complete vessels brings new insights to the understanding of how different techniques are combined in the same vessel. Identification of diverse sets of decorative techniques which can lead to the same or similar visual effects seem to indicate that both within Marajó island, and along the wider regional tradition, the ceramics share a strong visual appearance model, rather than a rigid set technological knowledge.
EDUA/Alexa Cultural, 2019
O livro Imagens e imaginários na Amazônia tem como objetivo reunir os resultados de pesquisas concluídas ou em curso no âmbito do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultural na Amazônia – PPGSCA. Os estudos do imaginário apresentam-se como tema central quando o objetivo é a formulação de uma compreensão da realidade Amazônica, sob um prisma social e culturalmente situados. Apesar da dificuldade que a racionalidade tecno-instrumental em reconhecer o imaginário enquanto locus de produção de conhecimento credível sobre o homem, a vida, e a realidade circundante, observa-se um retorno ao imaginário enquanto caminho elucidativo e prospectivo fruto das pulsões e questionamentos sobre os modos de ser, viver, fazer e conviver, que não tem apresentado respostas satisfatórias às demandas dos homens e mulheres, especialmente aqueles que vivem na Amazônia.
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2019
Nossa proposta para o SIIMI19 é a apresentar o processo criativo e pesquisa do último projeto desenvolvido no grupo Ecoarte/UFBA-Amazonas-A História de um Rio, uma cartografia audiovisual afetiva. É uma coleção de vídeos curtos, documentação, visualização de dados, whiteboard, rotoscopia, crítica ambiental e clipes de texto que criam uma narrativa audiovisual geolocalizada do rio Amazonas. O enredo dessa narrativa mapeada em vídeo foi a primeira expedição de canoa ao longo do rio Amazonas, de Santarém a Belém. Foram quase 1000 km de remo neste grande e misterioso rio. Umidade, calor, mosquitos, cansaço fizeram parte da grandeza dessa experiência de 11 dias para sentir o maior rio do mundo com nossos próprios corpos. "Amazonas. A História de um Rio" tenta recriar essa experiência vivida durante a expedição e reúne sentimentos que temos sobre o rio com um pensamento crítico sobre o desmatamento, piratas, situação da população indígena e dados da Amazônia.
Pós-Limiar, 2021
Neste artigo, pretende-se explorar os elementos característicos de um fotolivro e suas reverberâncias nas artes gráficas e visuais, bem como as correlações entre narrativa fotográfica e o projeto gráfico presentes no fotolivro Amazônia de 1978, dos fotógrafos Claudia Andujar e George Love, apresentando, ainda, pareamentos entre seu contexto de criação, produção e publicação.
2019
No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, alguns autores ampliaram as abordagens desses trabalhos ao apresentar análises bastante originais sobre processos de transformação das paisagens alagáveis da Amazônia (em áreas de várzea, beiradões, zonas estuarinas e costeiras) e sua relação com as identidades e práticas dos seus habitantes. Apontamos três autores cujos estudos consideramos particularmente instigantes: a brasileira Edna Alencar, o britânico Mark Harris e o francês Thierry Valentin, que mostraram a importância de se considerar as características dos ambientes e os modos de habitar e agir nas e com as paisagens para compreender a maneira como os habitantes constroem suas representações de mundo. Esses três autores realizaram pesquisa de campo na Amazônia brasileira nos anos 1990 e defenderam ou publicaram suas teses no início dos anos 2000. [...] Consideramos esses trabalhos como obras pioneiras, que analisaram a relação homem-paisagem na Amazônia num período em que a ne...
Revista Margens Interdisciplinar, 2014
Este texto é uma reflexão sobre os ‘saberes das águas’ a partir docotidiano e movimento dos ribeirinhos na dinâmica da Amazônia paraense.Resumidamente trata-se de elucidar os saberes das águas pelas representações dos moradores, seus modos de viver e estar no espaço-tempo dos rios, furos, igarapés e florestas, buscando contribuir para as discussões sobre a Educação Básica do campo no sentido de compreender como esses saberes se inserem na dinâmica educacional de forma a valorizar o desenvolvimento do ‘campo’ a partir das necessidades dos sujeitos ribeirinhos.Palavras-chave: Povos ribeirinhos. Águas. Culturas.
v. 8 n. 14 (2017): Educação na Amazônia e Correlação de Saberes , 2017
Este artigo pretende analisar a relação entre a fotografia e a memória como ferramentas que permitem recompor imageticamente as paisagens em desaparecimento na Amazônia oriental. Tem-se como ponto de interseção de discussão um estudo sobre o conceito de imagem para compreender em que medida a fotografia e a memória evocam imagens de diferentes naturezas, que recompõem a paisagem como um lugar dito. Como objeto de estudo se tem um álbum de fotografias de uma família de pequenos agricultores, que foi desapropriada no processo de implementação da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, situada na região da Volta Grande do Xingu, no sudoeste do Estado do Pará. Neste processo, muitas paisagens foram destruídas para dar espaço aos canais de reservatório da Usina e aos paredões da barragem no rio Xingu, o que resultou no bloqueio do fluxo natural do rio. Será discutido aqui como a fotografia contribui para a ressignificação da memória local, uma vez que a partir dela pessoas podem, por exemplo, rememorar o passado antes da hidrelétrica.
2020
Esta dissertação, apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, inscrita na linha de pesquisa Jornalismo, Imagem e Entretenimento, busca compreender os modos de ver o território construídos pela fotografia de mulheres fotógrafas nas regiões geográficas Norte e Nordeste do Brasil, no contexto contemporâneo das redes sociais digitais de compartilhamento de imagem. Para tanto, esta pesquisa recorre à discussão da construção da visibilidade pela fotografia e da sua relação com o território partir do referencial teórico e análise qualitativa de uma amostra da produção de 5 fotógrafas: Ana Mendes, Andressa Zumpano, Ingrid Barros, Mariana David e Nayara Jinknss, em conjunto com seus depoimentos orais. A reflexão teórica parte de um diálogo interdisciplinar entre os estudos da imagem, da comunicação, da cultura e das ciências sociais para compreender o papel da linguagem da fotografia de construir representações sociais e incidir sobre o imaginário brasileiro. No que se refere aos territórios do Nordeste e da Amazônia, o imaginário ainda hoje é refém do olhar expedicionário, resquício do processo histórico de colonialismo. Parte-se desse contexto para discutir os modos de representar o território por meio de 50 imagens, analisadas a partir do método semiótico proposto por Martine Joly, e de entrevistas semi-estruturadas para contextualizar a produção de cada fotógrafa. Observa-se a importância das redes para a articulação das mulheres na fotografia e como plataforma para circulação de suas imagens, cuja mostra analisada apresenta modos de ver os territórios a partir da sua diversidade, de experiências fotográficas aprofundadas de caráter essencialmente expressivo, em diálogo com o conceito de fotografia-expressão, cunhado por André Rouillé.
Geografia Agrária, 2019
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Conselho Editorial Ciências Humanas e Sociais Aplicadas Por fim, o último capítulo da Coletânea, intitulado-A questão agrária na origem das migrações haitianas apresenta uma leitura sobre o país caribenho e a sua trajetória marcada pelas migrações. Nota-se ainda uma interpretação sobre a história de uma revolução de ex-escravos que forçou a abolição da escravidão e primeiro país independente da América Latina e suas marcas e desdobramentos na questão agrária. Assim, espera-se que os leitores e leitoras possam dialogar com os ensaios e pesquisas em consonância com a fecunda e atual arguição do geógrafo Ariovaldo Umbelino de Oliveira (2003) ao afirmar que "o campesinato no Brasil, segue sua já longa marcha. Caminham em busca do futuro. Caminham lutando contra o capitalismo rentista que semeia a violência e a barbárie". Por isso, urge debater e construir uma Geografia Agrária Crítica e Comprometida com as mudanças sociais, ambientais e territoriais em um país em constantes crises e crimes contra a democracia.
Revista e-scrita : Revista do Curso de Letras da UNIABEU, 2011
O artigo trata da persistencia de uma memoria discursiva Tupi presente na cosmologia de comunidades que constituem o roteiro Tajapuru, no municipio de Melgaco-Pa, na Amazonia Marajoara, em peleja com codigos de narratividade letradas coloniais. Objetiva discutir o poder dessa memoria como lugar de reafirmacao de experiencias historicas entre o passado e o presente. A partir da narrativa oral “A Esperteza do Jabuti” (CORREA, 2010), captada em trabalho escolar, sob a orientacao da Analise do Discurso, dialogamos com as categorias memoria discursiva (COURTINE, 1981); memoria coletiva (HALBWACHS, 2006); regularidades e dispersoes (FOUCAULT, 1897) e cronotopo (BAKHTIN, 1998). Os resultados revelam representacoes da cultura Tupi nas simbioses entre o universo natural e cultural regional. Igualmente, nas apropriacoes que fazem de codigos e suportes materiais da cultura letrada eurocentrica, reafirmando cosmologias, saberes, fazeres e agires. Finalmente, o poder dessa memoria Tupi expoe as ...
Revista Sentidos Da Cultura, 2014
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